10 setembro 2008

Rep. Checa, Dia 2

Hoje foi um dia muito cansativo a todos os níveis. Para já começou antes das 7 da manhã (hora local) para rever a matéria antes do teste. Ou testes... mas houve um incentivo para que o dia corresse da melhor maneira.

Este hotel de 4 estrelas cada vez me surpreende mais. Ontem, já depois de aqui ter escrito, quando me fui deitar tive nova surpresa. O "edredon" que me deveria tapar parecia um colchão daqueles fininhos. É difícil explicar, acreditem, mas a sensação era de que me estava a deitar entre dois colchões. Foi estranho. No entanto até dormi razoavelmente bem, não fosse a hora madrugadora do acordar.

Mas voltemos ao hotel.. Desço à "sala" do pequeno almoço e pude comer duas torcidas de pão com sementes. (ou deverei dizer sementes com pão?) Digo torcidas, porque eram o único pão que havia e tinha dimensões semelhantes aos meus dedos.... portanto tive de enfiar (literalmente falando) uma fatia de queijo e meia de fiambre lá para dentro. Depois disto, o café com leite frio nem me chateou muito.

A seguir, a primeira aventura. Saí com bastante tempo de antecedência do hotel antes da primeira reunião. Como não conhecia absolutamente nada e as referências geográficas eram as que tinha tirado do Google Earth, não queria arriscar. Andei uma avenida toda até conseguir arranjar um taxi. Lá fui.
A primeira reunião serviu para perceber que não adianta estudar bem a lição. É preciso improvisar, ter poder de encaixe e se necessário, contra atacar. Vamos ver que sairá daqui...

A verdade é que tinha programado uma reunião de menos de uma hora e acabei por lá ficar uma hora e meia. Por causa disto saí de lá e tive de ir atravessar a cidade para ir a outra reunião. Tinha perdido a chance de almoçar. Vim de metro até ao hotel, pensei eu que teria tempo para pelo menos carregar um pouco a bateria do portátil, mas nada.

Saí antecipadamente uma vez mais, mas desta vez, fui ao desespero e estive meia hora à espera de apanhar um taxi livre. Se a proporção de Skodas para outras marcas é de 3 para 5, a de táxis é de 1 para 50. Não há taxis em Praga. Quand acabei de ligar à pessoa com quem ia reunir a dizer que podia chegar um pouco atrasado, é claro que apareceu um e cheguei a tempo. Edíficio espectacular onde fui atendido por uma nórdica com perto de 90 quilos, mal disposta e que mal abria os olhos. É giro conseguir reuniões com pessoas elevadas na hierarquia, mas depois dá nisto. Fartei-me de levar "tareia", mas no final lá consegui equilibrar um pouco as coisas e principalmente aprender muito. Não me apanham noutra destas assim.

Depois fiquei a saber uma coisa.. em Praga não há taxis, temos mesmo que os chamar. Então a minha interlocutora pediu à recepcionista para me chamar um taxi e perguntou para onde é que eu ia... Na verdade ia para a concorrência, mas não podia dizer ali, não é?... então disse que ia para o hotel. Como a viagem ainda era umas centenas de Coroas Checas, apareceu logo um taxista. Quando entrei disse que tinha que passar por um sítio primeiro.. Um sítio que me ficou por poucas dezenas de coroas. Foi uma altura boa para não perceber uma palavra de checo, e assim não me importar com o que ele me disse.

Aqui, como não estava a pessoa que eu deveria reunir, a reunião acabou cedo e passei ao papel de turista pelas cinco e meia da tarde. Agora, já regressava de metro, como se Praga fosse para mim uma cidade bem conhecida...

E enquanto turista tenho a dizer que é a minha primeira experiência numa cidade em que não entendo nada da língua, onde demorei 5 min par comprar o primeiro bilhete de metro e outros 5 para perceber que sabor tinham as bolachas que estava a comprar.

Mas foi também enquanto turista que pude dar uma grande volta pela cidade e tirar algumas fotos que demonstram como é bonita esta cidade. Mas não tem só coisas boas. Como se pode ver por esta foto, esta é uma cidade cheia de pecado também. Não é boa rés...

Antes de regressar ao hotel, fui jantar ao pé do rio e beber uma caneca. Soube muito bem.
Embora possa ser uma grande parvoíce, Praga é em certa medida parecida com Londres na arquitectura e agrada-me muito isso. No entanto é bastante mais pobre e com menos requinte. Mas os restaurantezinhos escondidos nas vielas e as mini esplanadas que se podem ver fazem parte de um ambiente muito acolhedor que é apenas quebrado pela velocidade estonteante com que toda a gente conduz aqui e pelo trânsito infernal. Não é o pára-arranca, mas sim a quantidade de carros, já que as avenidas são todas de 3 e 4 faixas.

Hoje, já recolhi ao hotel. amanhã mais reuniões e viajem para Berlim, para conhecer mais uma cidade.
Até amanhã!

PS: Não sei uma palavra de checo a não ser Pavlova que é a minha estação de metro. Mas em compensação estou a saber pronunciar melhor as palavras que leio e que não faço ideia do que querem dizer.

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