12 setembro 2008

Alemanha, Dia 2

O último dia de viagem... ou assim pensava. Fui para a única reunião do dia e pensei em ir de Metro. Afinal tinha apenas que percorrer a cosmopolita avendia do meu hotel, apanhar o U-Bahn e 5 ou 6 estações depois estaria no destino. Azar dos azares, a linha que eu precisava utilizar tinha um troço em obras. Exactamente o troço que eu ia usar. Mas isto consegui perceber 10 min depois de ter entrado na estação e ter gasto outros tantos a tentar perceber o sistema de bilhetes de metro Berlinês...

Tive de sair da estação andar mais três quarteirões e meter-me noutra linha. A partir daí tudo bem.
Finda a reunião, tive ainda tempo de dar um passeio por Berlim e ver alguns locais importantes nesta histórica cidade.
Por exemplo o Checkpoint Charlie, que era um controlo fronteiriço entre Berlim Oriental e Ocidental e onde, dizem eles, está a última bandeira soviética deixada na cidade desde o tempo da Guerra Fria.

No meu caminho por Berlim até ao Reichstag e à Porta de Bradenburgo passei ainda por uma imponente e interessante homenagem às vitimas judeias do nazismo. Alguns (pelo menos) devem ter ouvido falar destes blocos de cimento a fazerem lembrar túmulos, com diversas alturas e dispostos por caminhos irregulares. Muito simples, mas muito bonito.
Já com os pés completamente em carne viva das bolhas que se iam formando fui almoçar uma salsichinha ao pé do Reichstag e dali decidi que já não dava mesmo mais para andar. E fui para o aeroporto...
Nova aventura.
Chegado lá, tive que esperar que dois aviões para Munique saíssem para fazer o check-in. Até aí tudo bem. Hora de vôo prevista para as 17:40, embarque às 17:10. Ia dar-me sensivelmente 1 hora em Munique para fazer escala antes do regresso a Lisboa. Só que passado pouco tempo começa a passar nos monitores a informação de que o meu vôo estava com meia hora de atraso aproximadamente. Medo. Pânico. O tempo de escala reduzia-se drasticamente e sabia que se informavam 30 min, devia ser pelo menos um pouco mais.Entretanto percebi que havia um inglês (Tim) também desesperado em chegar a Lisboa na sexta e os dois começámos a falar com um assistente da Lufthansa que nos garantiu que o vôo espervaa por nós. Que conhecia muito bem o aeroporto e as portas eram quase consecutivas. A Sharon (americana que tinha vôo de ligação para Praga) também se juntou e os três fomos pressinando a tripulação de terra a pedir a Munique para nos levar assim que saíssemos do avião para a nossa ligação. Disseram que não precisavamos de nos preocupar.

Pelas 17:45 entramos no avião (ou seja à hora a que o mesmo devia estar a sair) e às 18:15 com as portas fechadas (nesta altura tinha apenas 5/10 minutos de folga entre chegar e partir para Lisboa, somos informados que devido a um temporal em Munique iríamos ficar ali ainda mais uma hora.

Pronto... foi o assumir de que Lisboa era já só uma miragem.Saio do avião e passo a conhecer mais uma companheira de infortúnio. Catarina veio ter comigo e pergunta-me se também ia para Lisboa.. E então lá fomos os dois, aeroporto fora a correr que nem desalmados para chegar ao G27 e perceber que o avião já tinha ido.

Estavamos feitos. Encontrei depois novamente o Tim e a Sharon na fila para tratar dos próximos vôos e saber onde iamos ficar, o que comer, quando partir para Lisboa.
Então, lá fomos ficar num hotelzinho porreiro de apoio ao aeroporto, o NH Aeroporto. Jantar rapidamente para ir para a cama e acordar no dia seguinte às 03h45 (Hora portuguesa)
Que viagem...

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