16 janeiro 2008

Call on me

Ontem fui ver pela segunda vez na vida um filme português ao cinema.

O filme, claro, o Call-Girl. Claro, porque pelas regras do cinema só pode estar um filme português em cartaz de cada vez para não haver concorrência interna. Ok, esta regra não existe, mas se existir não me surpreende.

O filme começa de uma forma patética em que uma cena de BDSM se torna cómica. Primeiro pela péssima interpretação. Depois porque aquelas personagens só davam mesmo para rir. Finalmente porque a Soraia nem com força sabia dar....

Prometeu, como compreendem.
O filme depois é simpatico. Entretém e não compromete em demasia. Mas não consegui perceber que género de filme é que é... Será um thriller? Um filme erótico? A mim pareceu-me mais uma comédia. Se for uma comédia, porreiro porque me parti a rir com os diálogos fraquinhos que têm certas cenas. Se for um thriller erótico não percebi nada daquilo.

A Soraia, é de facto apenas e só um corpo (reparem que nem digo cara). Não é actriz. Alguém lhe deve ter dito que uma call-girl mexia muito no pescoço e no cabelo (sexualidade descontrolada??) e então aquilo foi o filme todo com os cotovelos a apontar para a câmara porque as mãos estavam sempre na cabeça.
O Nicolau esforça-se e o Joaquim de Almeida dá outra profundidade ao filme. Eu nem gosto muito dele, mas tenho que ser justo e dizer que ele é, pelo menos, um actor acima da média.
O Ivo Canelas é aquele tipo gozão que parece que faz tudo sem se preocupar com nada e contribui para o tom cómico do filme.

Resumindo, e esquecendo pormenores como a péssima fotografia do filme, típica no cinema português, os diálogos com demasiados clichés e foda-ses lá pelo meio e o microfone que aparece a meio de uma cena, não me senti defraudado. Vi o que achava que ia ver.

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