Amor e dedinhos de pé

Tiro o chapéu a todas as pessoas que conseguem pintar as unhas dos pés. Em Bem.

Ontem, decidi presentear a minha namorada com uma sessão vespertina de massagens nos pés seguidos de uma sessão de pintura nas unhas.
A primeira parte correu bem. Massajar é fácil. Aliás.. qualquer coisa ao pé de pintar as unhas dos pés é fácil.

Quando nem abrir o frasco de verniz consegui, percebi que não vinha aí boa coisa. A posição de pintura não era a melhor, mas não é isso que justifica o total falhanço.
Comecei pela unha do dedo grande. Para mim pareceu-me melhor começar com uma superfície razoável de unha, ao invés das mais pequenas, que são metade ou menos do tamanho dos pelos do pincel...

Uma tristeza. Ia arruinando a minha relação. Não a deixei ver, mas não foi preciso. Ela sentiu o pincel tantas vezes a tocar-lhe no dedo que não era preciso olhar para saber que não estava bonito. E não estava mesmo. Tudo borrado. Tudo riscado. Sem brilho...

Ainda assim pedi redenção. E achei que o problema tinha sido porque tinha começado pelo dedo grande. E ela, tão querida, ainda aceitou que eu desperdiçasse mais alguns mililitros de verniz cor Cerise no dedo adjacente. Que mesmo com muito menos superfície conseguiu igualar o "irmão" do lado em termos de borrada.

Depois, assumi. Não consigo fazer isto, e impressiona-me que o faças tão bem.

E tive sorte por haver acetona em casa, ou teria que sair para a comprar. E era um castigo inteiramente justo. Terroristas de unhas como eu, devem ser castigados.

Hoje, olho para aqueles pézinhos lindos que tem, e dou graças a Deus por eu não ser insistente. Não me volto a meter em aventuras destas. Prometo.