29 agosto 2008

Os Paralímpicos

Já se vêm por aí publicidades de paoio à nossa comitiva paralímpica com frases como “É nisto que somos bons”.Não é que eu não concorde, principalmente depois de mais uma prestação sofrível dos nossos atletas, mas que ainda assim (eu também fiquei de boca aberta) foi a melhor de sempre em Jogos Olímpicos. De facto se assim foi, é ainda mais incrível que algo como o que se passou em Pequim possa ser tão facilmente superado e mesmo assim.. não o seja.

Mas falemos daquilo em que somos mesmo bons. Bater em ceguinhos... Epá... Quer dizer.. esta expressão agora não encaixou bem, pois não?.. Bom, mas agora a sério, é sempre um orgulho poder ver Portugal receber medalhas, mesmo que haja muita gente que não se levante para ouvir “A Portuguesa” no Ninho de Pássaro...

Penso que vamos ter uma participação ao nível das outras que temos tido. Com muitas medalhas. Estava aqui a pensar que o Marco Fortes se participasse nestes Jogos em vez de dizer que de manhã está bem é na caminha, diria algo como de manhã estou bem é na cadeirinha...
É o que temos. É onde somos bons. O resto é conversa.

Como remate do tema, achei indecente que mais uma vez não eliminem das competições olímpicas os 400m barreiras em cadeira de rodas, nem o salto em comprimento com muletas.

NDA: Este post foi feito apenas para salientar a piada fácil que é gozar com os menos capacitados. Fora isto, respeito-os imenso e são, sem dúvida, um orgulho para um país com poucos motivos para isso. Por exemplo, e para se perceber que não sou apenas um “idiota”, acho que quando se congratulam vários atletas campeões (no atletismo) não se lembrem também dos atletas-guia que têm de correr tanto como os profissionais e que sem eles nada disto seria possível.

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