12 abril 2007

Partilha de ficheiros

Sou óptimo a fazer títulos não sou?...


Honestamente não compreendo o desespero das editoras discográficas (e um dia destes as cinematográficas) relativamente à partilha de ficheiros pela Internet.

Primeiro, dizem que os artistas sofrem com isso. Sempre que se faz um download “ilegal” é estar a “roubar” o artista. Mas é engraçado que sempre que vejo os tais artistas roubados, vejo-os com casas do tamanho do Palácio de Belém, com carros de todas as cores e com luxos que custam aquilo que se calhar vou conseguir ganhar se trabalhar a minha vida toda.
Muito sinceramente, até pode ser dos meus olhos… mas não os vejo mais pobres.


Em segundo lugar, queria saber porque é que estão tão chateados com a Internet e os MP3, quando à uns anos, em que se gravavam cassetes de banda magnética e VHS umas atrás das outras, ninguém se preocupava.

Se eu comprar um CD ou um DVD, não o posso emprestar a um amigo? Acho que ainda posso, certo?

E se eu emprestar esse mesmo CD ou DVD em formato digital? Já não o posso fazer? É legitimo esta distinção do suporte? Afinal é apenas o veículo de transmissão de dados.

E poderei emprestar um CD ou DVD a alguém desconhecido? Será sempre sob minha conta e risco, mas penso que é possível…
Então, porque não posso partilhar os meus CD’s e DVD’s que armazenei digitalmente com milhões de desconhecidos?
Eu não concordo.

Agora, a pirataria é diferente. Para mim, uma coisa é partilhar ficheiros com um uso meramente pessoal. Outra coisa, é aproveitar essa partilha para tentar ganhar dinheiro. Aí sim sou frontalmente contra. Não gostaria de emprestar um CD a um amigo e depois saber que ele o ia vender.

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