30 novembro 2005

Cruzes Credo!

Nestes dias, conseguiu-se criar uma nova polémica. Sem polémicas paree que não sabemos viver, e assim, volta-se a conseguir criar crispações, discussões, chatices e opiniões.

Agora é a dos crucifixos nas escolas, que devem ser retirados, segundo a esquerda portuguesa a bem da liberdade religiosa e do estado laico que dizem ser Portugal.

Gostava de saber se seguindo esta corrente de pensamento (?) não deveriam também ser deitados abaixo outros símbolos religiosos, como o Cristo Rei por exemplo. Não é um atentado à liberdade religiosa? E outros monumentos religiosos como o Mosteiro dos Jerónimos.. não deve ser destruído a bem da liberdade religiosa?

Claro, que sobre isto, os políticos de esquerda que querem combater a "demagogia" dos fascistas de direita, e a religião católica não emitem nem uma palavra. Seria complicado de facto.

E querendo atribuir a Portugal o papel de um país sem religião oficial (é este na verdade o objectivo de bloquistas e comunistas), para quando a coragem de vir a´público defender o fim da comemoração do Natal, ou da Páscoa, do dia de Todos os Santos, do Corpo de Deus e de todos os feriados de cariz religioso?

É que demagogia é isso mesmo. Falar sem se importar em não dizer tudo o que está implicado. É aquilo que tem quem acusa os outros de ter. Que negro panorama tem Portugal pela frente...

2 comentários:

Joana Saramago disse...

alexandre

Portugal é um país de estado laico. quer isto dizer que não tem religião oficial.
Os seus cidadãos podem ser da religião que quiserem, nas suas casas, meios e famílias.
Mas se o Estado não é religioso, então não pode impor símbolos religiosos em instituições e edifícios não religiosos.. como as escolas e locais de trabalho. (igrejas, mesquitas e templos já é outra conversa)
Ninguem, vivendo em Portugal, deve ser obrigado a olhar para um crucifixo todos os dias.. Muito menos as crianças que em tenra idade absorvem as coisas muito mais depressa e sem as questionar (tanto).
Não sou comunista, mas também não sou de direita. Outra coisa que também não sou é religiosa. Por isso não quero que os meus filhos sejam obrigados a olhar para um crucifixo de cada vez que olham para a professora.

Quanto à comemoração do Natal e Páscoa, uma coisa é o Estado ser ou não ser laico e outra é a Sociedade ser cristã.
Se estivessemos numa sociedade árabe, mesmo sem professar a religião, iamos talvez acabar por celebrar o Ramadão. Segundo soube, para além do jejum tem tambem muitos doces e bolos, de certeza que esses não nos passavam ao lado.

Estás num país que conquistou a Liberdade. Não queres comemorar o Natal, não comemores, as prendas não tem nada a ver com a missa do galo.
Mas não se pode impor o catolicismo a crianças que sejam muçulmanas, judaicas, ou não-religiosas, agnósticas ou seja lá o que for.

desculpa se estou a ser chata :D

beijinhos
jo

Alexandr3 disse...

Não estás a ser nada chata. Comentários são sempre benvindos. Não queres que os teus filhos olhem para crucifixos, mas vais deixá-los olhar para o tejo e ver o cristo-rei? ;)

Aquilo que falo sobre os feriados religiosos, não é a sociedade quem os estabelece, mas sim o estado. Porque de outra forma, viveríamos em feriado permanente.
E ainda, o que falo é um caso extremo de abandono pela religião por parte de um estado.

Quanto à parte final do teu comentário, prendas dá-se quando se quiser. Por isso para quê dá-las no Natal? as coisas até sobem de preço nessa altura.. :)

E não me parece que a existência de um crucifixo numa sala de aula faça com que todos os meninos e meninas se convertam a uma religião tão punidora como a católica, nem que se convertam todos em padres e freiras.

Se esta situação vigorou até agora, estamos pior por causa disso? Acaso sentem-se menos livres quem estudou em salas de aula com crucifixo?

Antes de acabar só mais uma ideia. Estudei da 1ªa classe até ao 4º ano do IADE em algumas escolas e nunca vi um crucifixo pendurado numa parede.
Daí ter escrito este texto. Está-se a fazer uma tempestade num copo de água e aproveitar este bode expiatório para retirar mais algum poder à igreja. E é esta a verdadeira força que move quem quer tirar os crucifixos das paredes das escolas. Não são os crucifixos em si, mas o poder que eles representam e que os atemoriza.

Beijinhos!
E não te chateies comigo!:) Não posso perder comentadoras tão activas!